Segundo poço no quarto trimestre de 2022, poderá maximizar a utilização das instalações existentes no Pólo Oeste. Em paralelo, a avaliação durante a produção vai continuar, para se optimizarem os retornos e se minimizarem os riscos.
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POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), concessionária nacional para o segmento upstream, e a Eni anunciaram recentemente que os dados recolhidos até Março permitem aferir preliminarmente recursos estimados entre 800 e 1000 milhões de barris de petróleo equivalente, no poço Ndungu 2, localizado a cerca de 130 km da costa e a cerca de 10 km do FPSO Ngoma no Hub Oeste do bloco 15/06. Trata-se da maior acumulação descoberta no Bloco 15/06 desde a sua adjudicação.
Numa nota que o POC NOTÍCIAS teve acesso, refere-se ainda que a fase de produção inicial de Ndungu começou em Fevereiro passado, através de um poço produtor, e espera-se um segundo poço no quarto trimestre de 2022, para se maximizar a utilização das instalações existentes no Pólo Oeste. Em paralelo, a avaliação durante a produção vai continuar, para se optimizarem os retornos e se minimizarem os riscos.
“A avaliação de Ndungu 2 foi feita a 5 km de Ndungu 1 e a 40 m de net oil pay (35°API) nos reservatórios do Baixo Oligoceno, com boas propriedades petrofísicas, confirmando a comunicação hidráulica com o poço de descoberta. Para avaliar todo o potencial da descoberta foi realizada uma aquisição intensiva de dados”, lê-se no documento.
A fase de produção inicial de Ndungu começou em Fevereiro passado, através de um poço produtor, e espera-se um segundo poço no quarto trimestre de 2022, para se maximizar a utilização das instalações existentes no Pólo Oeste. Em paralelo, a avaliação durante a produção vai continuar, para se optimizarem os retornos e se minimizarem os riscos.
A nota refere que o desenvolvimento do campo Ndungu será agora melhorado graças ao aumento significativo da base de recursos no local, seguindo uma abordagem faseada para explorar o potencial global do ponto de vista financeiro, contribuindo inicialmente para alargar e aumentar o planalto da Ngoma, uma unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) de 100 kbopd de descarga zero e queima de processo zero.
Recorde-se que o Bloco 15/06 é operado pela Eni Angola com uma quota de 36,84%. A Sonangol Pesquisa e Produção (36,84%) e a SSI Fifteen Limited (26,32%) compõem o restante Grupo Empreiteiro.
Para além do Bloco 15/06, a Eni é a operadora dos blocos de exploração Cabinda Norte, Cabinda Centro, 1/14 e 28, bem como do Novo Consórcio de Gás (NGC), tendo participações nos Blocos não operados 0 (Cabinda), 3/05, 3/05A, 14, 14 K/A-IMI, 15 e no Angola LNG.
“O resultado agora conhecido mostra também como a Azule Energy, a recém-anunciada empresa conjunta independente que combina as carteiras da Eni e da bp no país, pode contar com um sólido oleoduto de novos projectos, incluindo o Agogo, Ndungu e PAJ nos Blocos 15/06 e 31 respectivamente, bem como os projectos de gás do NGC”, finaliza o documento.