Alguns dos maiores operadores de Angola já estão a responder ao apelo do governo angolano para aumentar a produção. A empresa energética francesa TotalEnergies, por exemplo, tem planos para aumentar a produção nas suas FPSOs em Angola. Com seis operações em curso e uma sétima planeada como parte do desenvolvimento de águas profundas Kaminho – que alcançou a Decisão Final de Investimento (FID) de 6 mil milhões de dólares em 2024 – a empresa está comprometida com o desenvolvimento sustentável de petróleo e gás.
“Queremos produzir mais energia com menos emissões. O nosso foco é aumentar a produção de petróleo e gás, enquanto perseguimos a energia renovável. Estamos envolvidos em grandes projectos de novos campos – como o Begónia, que começará no próximo ano, e o desenvolvimento de Kaminho. Também iniciámos um programa de 1 mil milhão de dólares para aumentar a eficiência nas nossas FPSOs. Para os investidores, é importante operar num ambiente claro, transparente e atractivo. Isto é evidente em Angola”, afirmou Mike Sangster, Vice-Presidente Sénior para África da TotalEnergies.
A Azule Energy – uma joint venture entre a Eni e a bp – também pretende aumentar a produção para 250.000 bpd a curto prazo. Com participações em vários activos petrolíferos, no New Gas Consortium e em projectos de baixo carbono, a empresa aproveita a experiência da Eni e da bp para impulsionar os projectos.
Segundo garantiu Gordon Birrell, Vice-Presidente Executivo de Produção e Operações da bp, “apreciamos a atitude acolhedora em relação ao investimento internacional em Angola. Isto permitiu que a bp e a Eni se unissem e concretizassem a visão que tínhamos para a Azule Energy. Acreditamos que somos capazes de liberar todo o potencial dos recursos de Angola.” Acrescentando a isso, Guido Brusco, Director de Recursos Naturais da Eni, disse que “o nosso compromisso é continuar a investir em Angola. Juntos, estamos a iniciar a jornada para uma transição energética justa. Estamos a promover a sustentabilidade, a acessibilidade e o crescimento económico.”
Assim, a dedicação de Angola às reformas regulatórias, ao envolvimento internacional e a soluções inovadoras tanto para a segurança energética quanto para a transição energética espera desbloquear uma onda de oportunidades económicas para o país. De acordo com NJ Ayuk, Presidente Executivo da Câmara Africana de Energia, “há mais trabalho a ser feito. As reformas devem continuar. Devemos incentivar os projectos de gás natural e downstream. Devemos considerar o desenvolvimento de petroquímicos. Devemos ouvir os jovens e entender que o nosso trabalho não é sermos agentes de mudança para o presente, mas para o futuro.”