“Não me parece justo e correcto dizer-se que as eleições foram adiadas, porque não se adiam eleições que nunca foram convocadas, e não se convocam eleições sem que assentem numa base legal, sob pena de não serem consideradas válidas”, disse o Presidente da República, hoje, no discurso sobre o Estado da Nação.
João Lourenço garantiu ainda que todos estão interessados na realização das eleições que vão acontecer pela primeira vez em Angola, e que farão emergir um novo tipo de poder que, com certeza, vai aliviar em muito o peso da responsabilidade que hoje recai sobre o Estado, na resolução dos problemas quotidianos que afligem o cidadão na sua comunidade.
“Se por um lado estamos todos interessados na sua realização, por outro também é verdade que somos todos responsáveis pela criação das condições necessárias. O Executivo, o Parlamento, os Partidos Políticos, a Comissão Nacional Eleitoral, a sociedade civil, todos temos tarefas por realizar para garantir o sucesso deste processo que hoje está mais próximo de se concretizar do que antes de 2018, porque pelo menos temos algo de concreto feito, temos já aprovadas uma boa parte das leis necessárias”, justificou o PR. O Presidente garantiu também que todas as instituições aqui citadas são idôneas, a ponto de não defenderem a hipótese de realizar essas eleições antes do fim do corrente ano, porque seria irrealista e de uma grande irresponsabilidade.