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Imagens que circulam nas redes sociais confirmam o confronto entre fiéis no domingo, dia em que alguns templos foram reabertos, entre eles a catedral do Alvalade. Hoje, 15 de Abril, o Comando da Polícia em Luanda afirmou que pastores e obreiros da ala angolana da IURD foram detidos domingo por alegados crimes de perturbação de culto religioso, participação em motim e desobediência à ordem de dispersão.
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Segundo o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, no domingo foram detidos 33 fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Angola, que foram encaminhados para o Ministério Público para posterior julgamento sumário.
“Esta detenção ocorreu numa altura em que a polícia estava a realizar as acções e os cidadãos que foram detidos incorreram nesses crimes”, disse Goubel, adiantando que “foi aberto um expediente e os mesmos foram encaminhados para o Ministério Público” para, de seguida, serem ouvidos pelo “juiz de garantia para o julgamento sumário”.
A ala angolana da IURD denunciou hoje a detenção “ilegal” de mais de 40 pastores e obreiros após confrontos com fiéis da ala brasileira, no domingo, após a reabertura dos templos.
Em comunicado, a ala “reformista” da IURD liderada pelo bispo Valente Bizerra Luís referiu que se registou, no domingo, um confronto entre as duas alas, o que obrigou a intervenção da polícia, tendo sido detidos mais de 40 pastores e obreiros.
“Até ao momento não existe nenhum auto de notícia com a identificação dos sujeitos [detidos], do crime, tão pouco da sua localização, optando pelo silêncio e, recusam-se a dizer onde estão, preferindo dizer apenas: não podemos falar nada por ordens superiores”, lê-se na nota.
Para esta ala da IURD Angola, a forma como aconteceram as detenções viola o direito de informação, previsto na Constituição angolana, e traduz-se em “abuso de autoridade, que torna os detidos reféns com a intenção de coagir uma coletividade a uma ação ou omissão”.