Francisco Queiroz garantiu que o subgrupo de microlocalização localizou 10 corpos, que estão a ser trabalhados pela equipa médico-forense para se fazer o exame de ADN.
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POC NOTÍCIAS: Pedro José Mbinza | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
O Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, anunciou recentemente, em Luanda, que a Comissão para Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos prepara-se para desenvolver trabalhos em outras localidades, como é o caso da Jamba, onde a Coordenação da Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memórias das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP) vai trabalhar com representante da UNITA, para recolha de ossos e em outros locais que o Galo Negro possa indicar.
“O que é que se está passar? Algumas famílias estão a pensar que com este trabalho haverá dinheiro, que vão receber dinheiro do Estado. O princípio da CIVICOP é de que este trabalho não deve ser remunerado. No entanto, analisou-se a possibilidade de prestar algum apoio logístico a certas famílias que tenha esta ou aquela dificuldade na altura de realizar o óbito, mas será analisado caso a caso e não como uma obrigação. O assunto foi levantado pela Fundação 27 de Mai e veremos isso desta forma”, disse o ministro.
Aos jornalistas, Francisco Queiroz assegurou que o subgrupo de microlocalização localizou 10 corpos, que estão a ser trabalhados pela equipa médico-forense para se fazer o exame de ADN.
Segundo apurou o POC NOTÍCIAS, os trabalhos correm ao bom ritmo pelo facto de as famílias estarem a colaborar, no sentido de se obter os resultados genéticos para se fazer o cruzamento com o mesmo tipo de análise feito aos ossos, apesar de não haver certezas relativamente à quem pertencem os ossos desses 10 indivíduos, dos quais 8 estão completos e 2 parciais, designadamente de Nito Alves, David Zé, Pedro Fortuna, Urbano de Castro, Domingos Barros Sabata, José Van-Dúnem e Artur Nunes.
A recolha do material genético é a primeira fase do processo para que se possa conhecer o perfil de ADN, sendo o óbito o segundo momento. Daí a necessidade das famílias procurarem os serviços do laboratório nacional de criminalística e aguardar os resultados.