POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
A Solenova, ‘joint venture’ das petrolíferas Sonangol e a italiana Eni, deverá iniciar a produção de energia solar em Caraculo, província do Namibe, num investimento de 42 milhões de dólares.
Segundo o presidente do conselho de administração da Solenova, Germano Sacavumbi, que falava em conferência de imprensa, a central deverá ter uma capacidade total de 50 MWp (megawatts-pico), a ser implementada em duas fases, sendo a primeira de 25 MWp.
Quando arrancar o funcionamento da central, prosseguiu, espera-se uma poupança de cerca de 28 milhões de dólares na substituição das energias renováveis pelo gasóleo que alimenta as centrais térmicas, na primeira fase da central fotovoltaica de Caraculo.
Sacavumbi disse que a construção da primeira fase já está em curso, com o seu lançamento este mês, prevendo-se a conclusão até final deste ano e o fornecimento de energias renováveis para a região sul do país no primeiro trimestre do próximo ano.
“Temos, no terreno, os trabalhos a serem desenvolvidos e este projecto surge de uma estratégia da Sonangol, que visa a passagem ou a introdução da Sonangol no abraço às energias limpas”, disse Germano Sacavumbi, frisando que o projecto visa diversificar a matriz energética nacional, que tem como fontes a hídrica (60%) e termoelétrica (40%).
O responsável avançou que a energia a ser produzida será injetada na rede de transmissão sul, com uma linha de transmissão que passa a escassos metros da localização onde será desenvolvido o projecto, “energia que será toda adquirida ou entregue à Rede Nacional de Transporte de Energia”.
Relativamente ao impacto ambiental, Germano Sacavumbi salientou que, quer para a Sonangol como para o país, o projecto vai ajudar na redução do consumo de gasóleo para as centrais térmicas, sublinhando que a região do Namibe é sustentada maioritariamente por centrais térmicas para o fornecimento de energia, assim como a emissão de gases com efeito de estufa.
Com um investimento de cerca de 42 milhões de dólares e a criação de 350 postos de trabalho, na fase de construção, o projecto terá um período de vida útil de 25 anos, perspectivando-se um retorno de investimento nos próximos 10 anos.