Medida consta do plano do regulador angolano com vista a estabilizar e normalizar o mercado cambial angolano. Ao todo, a banca nacional já conta com 48 operadores na ferramenta de negociação Bloomberg FGXO.
POC Notícias: Moisés Tchipalavela
Foto: D.R
As companhias aéreas e seguradoras que operam em Angola passaram a estar autorizadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA), desde finais de Outubro, a negociarem a venda de divisas na plataforma Bloomberg FGXO mediante solicitação ao regulador, elevando, assim, para 48 o número de agentes participantes das negociações de divisas naquele instrumento financeiro.
De acordo com a medida, tornada pública no website do banco central, as operadoras áreas e as seguradoras entram no negócio “mediante o cumprimento prévio de determinados requisitos”.
“As companhias que pretendem transaccionar moeda estrangeira através da FXGO devem solicitar autorização para tal ao Banco Nacional de Angola através do banco comercial com o qual mantêm a sua principal relação de negócio”, determina o instrutivo N.º 23/2021, de 29 de Outubro.
Após a observância dos referidos “mecanismos”, os dois membros passam a ter acesso à negociação na referida plataforma, onde já actuam 46 participantes actuais, dos quais 26 são bancos comerciais, 10 sociedades do sector petrolífero, 8 sociedades diamantíferas, bem como o Tesouro Nacional e o próprio Banco Nacional de Angola.
No instrutivo que dá conta da entrada destes dois novos operadores, o BNA estabelece que as companhias que negoceiam operações cambiais através da FXGO apenas podem comprar e vender moeda estrangeira aos bancos comerciais ou ao Banco Nacional de Angola, negociar operações de valor superior ao equivalente a 50 mil dólares, devendo as operações de valor inferior ser negociadas directamente com os seus bancos comerciais.
A norma determina também que estes operadores estão dispensados de apresentar documentos de suporte para as operações de compra de moeda estrangeira negociadas através da FXGO, devendo, entretanto, responder atempadamente a pedidos feitos pelos bancos comerciais.