POC NOTÍCIAS | geral@pocnoticias.ao | Ana Atalmira | Foto: DR
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Atendendo ao actual contexto macroeconómico, os Bancos angolanos devem-se manter muito próximos dos seus Clientes, sendo que a jornada de transformação de uma operação centrada no Cliente é um processo contínuo e que exige o cumprimento de diferentes etapas funcionais e tecnológicas, de acordo com a consultora Deloitte.
Durante o evento de apresentação esta Quarta-feira, 19, em Luanda, da 17ª edição do ‘Banca em Análise’, foi referido que a progressiva adopção deste tipo de estratégia exige uma adaptação cuidadosamente estruturada dos colaboradores, processos e sistemas que irão suportar uma operação centrada no Cliente.
Em relação ao activos, o estudo aborda que depois de, no ano de 2017, o ranking do total de activos ter sido liderado pelo BPC, o BAI assumiu a liderança em 2018, tendo vindo a consolidar a mesma durante os exercícios seguintes, com um total de 3 039 e 3 195 mil milhões de kwanzas em 2021 e 2022, respectivamente, seguido pelo BFA, BIC, BPC e ATL.
De acordo com os dados disponibilizados pelo BNA, foi verificado um aumento de 4,2 pontos percentuais no Rácio de Fundos Próprios Regulamentares (ou Rácio de Solvabilidade) face a 2022, equivalendo a 28,4%, mantendo-se deste modo acima do valor mínimo regulamentar com uma margem de segurança, o que demonstra a resiliência do sector. Esta melhoria deste rácio resultou igualmente do aumento dos capitais sociais de alguns bancos, com destaque para o BPC, BCGA, BDA, BCI e BNI, reflectindo um impacto positivo sobre os fundos próprios regulamentares.
Ao nível do número de colaboradores do sector, o mesmo registou uma diminuição de 6,2%, tendo esta diminuição sido fortemente impactada pela encerramento das operações em 2022 do Banco Prestígio e da dissolução voluntária do Banco BAI Micro Finanças, bem como pelos processos de reestruturação em curso de alguns bancos, como o BPC, BCI e KEVE.
O número de balcões registou igualmente uma diminuição de aproximadamente 16,5%, com destaque para o encerramento de Balcões do BPC, ATL BCI, BE, KEVE e BMF. Desde 2017 (ano em que se registou o maior número de balcões), foi registado um descréscimo de 35% no total de balcões no território nacional, fruto do processo de digitalização dos serviços financeiros e reorganização da rede comercial levada a cabo por vários bancos.