O Banco Africano de Desenvolvimento lançou recentemente, um projecto para mapear 160 associações de mulheres empresárias em dezasseis países africanos, incluindo sete países em transição. O projecto, apoiado pela Iniciativa para o Acesso das Mulheres Africanas ao Financiamento e pelo Fundo Fiduciário para a Igualdade de Género (GETF), visa aumentar o perfil destas associações, melhorar a sua capacidade institucional e facilitar o seu acesso a instrumentos de financiamento.
Com esta iniciativa, o Banco está a dar um importante passo em frente no seu compromisso de apoiar as mulheres empresárias africanas, promover a emancipação económica das mulheres e estimular o crescimento inclusivo em África, segundo um comunicado do banco enviado ao POC NOTÍCIAS.
A Vice-Presidente do Banco para a Agricultura e Desenvolvimento Social e Humano, Beth Dunford, lançou oficialmente o projecto numa cerimónia que contou com a presença de várias associações, organizações líderes e coligações de mulheres empresárias presenciais e online, bem como de quase duzentas outras associações ligadas em todo o continente.
“O Plano de Ação do Banco Africano de Desenvolvimento para o Envolvimento com a Sociedade Civil 2024-2028 demonstra o nosso compromisso com a inclusão, a transparência e a responsabilização”, afirmou a Dunford no seu discurso de abertura.
Este projecto irá também promover a colaboração e o trabalho em rede. “As associações de mulheres empresárias são catalisadoras de reformas e inovações que promovem o empreendedorismo feminino e facilitam o acesso das mulheres aos recursos económicos de que necessitam para realizar todo o seu potencial”, afirmou Zeneb Touré, Chefe da Divisão da Sociedade Civil e do Envolvimento Comunitário do Banco.
Dagou Yvonne Nivine Gadji, representante da Fundação SEPHIS – que facilita o acesso ao financiamento bancário das PME geridas por mulheres na África subsaariana – sublinhou que as associações identificadas para o mapeamento seriam “catalisadores da reforma, adjuvantes do empoderamento das mulheres e um exemplo para o empoderamento de várias outras redes de mulheres empresárias”.