Angolanos apostam numa plataforma que permite os artistas emergentes em Angola e África terem as suas histórias e trabalhos dinamizados naqueles que são os maiores mercados de Arte no mundo, como os Estados Unidos da América, Inglaterra, França e Itália.
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POC NOTÍCIAS: Pedro José Mbinza | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Num mundo cada vez mais digital, a Afrikanizm Art Platform, primeira start-up angolana vocacionada à arte contemporânea, promete dar oportunidades, valorização e reconhecimento aos artistas africanos.
A meta é que os artistas emergentes em Angola e África tenham as suas histórias e trabalhos dinamizados naqueles que são os maiores mercados de Arte no mundo, como os Estados Unidos da América, Inglaterra, França e Itália. Num mercado que representa a nível global mais de 62 mil milhões de dólares americanos, a Afrikanizm acaba de assinar um contrato de parceria com DHL, uma das maiores empresas de logística à escala do planeta, viabilizando, assim, a entrega das obras dos artistas plásticos africanos em tempo record e de forma segura, em qualquer geografia do mundo.
O fundador da Afrikanizm Art Platform, João Boavida, em sete meses de existência no mercado, fala em afirmação e cumprimento da promessa de criar impacto positivo, levando a arte africana em outras fronteiras de África. Com este negócio de base digital que ignora as fronteiras, já foi possível realizar a primeira parte daquilo que a organização considera ser um sonho, levar o trabalho dos artistas plásticos e a arte africana, enquanto marca global ao continente americano e europeu.
Por sua vez, a co-fundadora da startup Afrikanizm Art Platform, Laura Leal, sublinha que pretende-se levar a bandeira de que tanto se orgulha e a riqueza da cultura africana, há muitas pessoas em todo o mundo e, certamente, o que aconteceu é que a DHL se identificou com este propósito, acreditou em e arregaçou as mangas, apoiando o projecto, para torná-lo possível. Este é um marco muito importante para a Afrikanizm Art Platform.
“Estamos muito felizes por podermos mostrar aos mais jovens que é possível sonhar e apostar num negócio que nos permite fazer o bem, ajudando a defender a arte e apoiando os criadores africanos a ganharem cada vez mais reconhecimento internacional”, acrescentou Laura Leal.
Para além do trabalho central que é desenvolvido online, a Afrikanizm terá também uma presença offline, através da criação de iniciativas físicas, como exposições colectivas e individuais, garantindo uma relação próxima entre artistas plásticos, instituições, fundações e coleccionadores privados.
O negócio de arte online representa ainda uma pequena fatia do volume do mercado global, tendo, no entanto, apresentado um franco crescimento, com os dois maiores players de e-commerce a apresentar, em conjunto, uma facturação de mais de 200 milhões de dólares americanos, em 2020, o que revela o forte potencial desta área de negócio.
Fundada em Agosto de 2021, pelos angolanos Laura Leal e João Boavida, ambos amantes de arte e focados em criar impacto positivo, a Afrikanizm Art Platform é a primeira startup angolana focada na promoção e venda online de arte de autoria de artistas de ascendência africana, residentes em África ou na diáspora, aos quais a plataforma se refere como ‘Afrikanizts’, que contribui para que a arte contemporânea Africana seja reconhecida e valorizada, dando voz e oportunidades aos artistas africanos e promovendo e continuidade do desenvolvimento das artes plásticas. Actualmente, a Afrikanizm Art Platform conta com uma base de 30 artistas plásticos.