POC NOTÍCIAS: Pedro José Mbinza | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Metade (48%) dos Angolanos afirmam que a CNE actua de forma neutra, enquanto perto de um terço (32%) consideram que ela favorece um grupo particular.
Apenas um em cada cinco Angolanos (21%) disseram confiar de alguma forma ou muito na CNE, menos 6% comparativamente a 2019. Os entrevistados afirmaram que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) toma decisões que favorecem um grupo particular e desempenha as suas funções como um órgão neutro, guiado apenas pela lei, segundo um estudo do Afrobarometer.
Cerca de metade (48%) dos Angolanos afirmaram que a CNE actua de forma neutra, enquanto perto de um terço (32%) consideram que ela favorece um grupo particular. A percepção sobre a actuação neutra da CNE aumenta com o nível de educação dos respondentes, passando de 37% daqueles sem educação formal para 56% dos que possuem o ensino universitário.
O estudo desenvolvido pelo Afrobarometer conclui também que o nível de confiança é relativamente maior entre os homens (25% vs 17% das mulheres) e entre os respondentes adultos (34% dos que possuem 46 anos e mais vs 17% a 19% dos 18 aos 35 anos de idade). Os cidadãos residentes nas zonas rurais (27%) também revelaram maior confiança do que os das zonas urbanas (18%). O mesmo acontece com os que possuem ensino primário ou sem educação formal (26% e 27%) comparativamente aos que possuem o ensino secundário ou universitário (17% e 19%). Apenas 14% dos residentes da província de Luanda afirmaram confiar na CNE.
Afrobarometer é uma rede de pesquisa pan-africana e apartidária, que fornece dados confiáveis sobre experiências africanas e avaliações de democracia, governança e qualidade de vida. Oito rondas de pesquisas foram concluídas em 39 países desde 1999. As pesquisas da Ronda 9 (2021/2022) estão em andamento. Realiza entrevistas face-a-face na língua da escolha do entrevistado, com uma amostra nacional representativa.
A equipa do Afrobarometer em Angola, liderada pela Ovilongwa – Estudos de Opinião Pública entrevistou 1.200 Angolanos adultos, entre 09 de fevereiro e 08 de março de 2022.
Uma amostra deste tamanho produz resultados nacionais com uma margem de erro de mais ou menos 3 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. A pesquisa anterior em Angola foi realizada em 2019.