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Luanda – O governo angolano anunciou hoje, 13 de Dezembro, que pretende produzir mais de seis milhões de toneladas de grãos até 2027, prevendo um investimento anual médio de 670 milhões de dólares para produzir trigo, arroz, soja e milho.
Segundo o secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos, que hoje apresentou o Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos, PlanaGrão, além do investimento na produção serão disponibilizados mais 471 milhões de dólares anualmente para a construção e reabilitação de infraestruturas de apoio ao sector produtivo e social.
Em 2021, Angola produziu mais de três milhões de toneladas de grãos, e até 2027, espera-se que a produção atinja os cinco milhões de toneladas de cereais, aos quais acresce mais um milhão de toneladas de grãos das culturas de leguminosas selecionadas, indicou o governante, citado num comunicado do Ministério da Economia e Planeamento.
Para materializar o plano vão ser mobilizados fundos públicos e privados, entre os quais um investimento de 1.178 mil milhões de kwanzas em infraestruturas, que incluem a demarcação de dois milhões de hectares, loteamento e vias de acesso para as zonas de produção.
Até 2027, espera-se que mais de 673 mil hectares sejam utilizados para a produção de trigo, representando 34% das terras a explorar; 600 mil hectares sejam usados na produção de arroz, representando 30%; 400 mil hectares na produção de soja, ou seja 20%; e os restantes 16%, correspondentes a mais de 326 mil hectares, estão reservados à produção de milho.
Adicionalmente, serão aplicados 1.674 mil milhões de kwanzas na capitalização do Banco de Desenvolvimento de Angola, BDA, e do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano, FACRA, para o financiamento do sector privado nacional, que tenha condições de produção, logística e transformação dos grãos, refere-se no comunicado.
A banca comercial poderá também mobilizar fundos para garantir acesso ao crédito com taxas de juros mais atractivas para os promotores de projectos produtivos.
O PlanaGrão visa garantir a segurança alimentar do país, gerar rendimento e promover a competitividade para transformar Angola, a médio prazo, no maior produtor de grãos da região Austral de África, sublinhou o secretário de Estado.