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Em causa está a alienação de 5.000.000 acções com um intervalo de preços entre 4.250 e 5.000 kwanzas o que permitirá ao Estado angolano, através da Sonangol, um encaixe financeiro máximo de 25 mil milhões de kwanzas.
O Banco Caixa Geral Angola (BCGA) é a segunda empresa a entrar na bolsa angolana, com uma oferta pública inicial de 25% das acções detidas pela Sonangol, que deve render quase 25 mil milhões de kwanzas à petrolífera estatal.
A operação, que teve início na segunda-feira e decorre até 16 de Setembro, foi apresentada hoje, em Luanda. Francisco Rosado dos Santos, administrador executivo do BCGA, fez uma avaliação positiva do mercado bancário angolano que “evoluiu muito rapidamente” e está agora a concorrer à moldura de supervisão europeia (Basileia 3), “um passo muito importante ao nível do controlo transparência e governação dos bancos”.
O administrador mostrou-se optimista quanto à venda das acções, destacando o valor do banco e sua marca, “que são reconhecidos”, associado ao momento de mercado de capitais “bastante auspicioso em Angola” e ao “grande dinamismo de investidores mais jovens”, o que induz “fortes expetativas” quanto ao resultado da operação, devendo a procura superar a oferta.
O BCGA vai ser a segunda empresa e o segundo banco cotado em Angola, depois do Banco Angolano de Investimentos (BAI) ter feito a sua estreia na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) em Junho.
O lote de 25% do capital destina-se a três grupos de investidores: 15% do capital destina-se aos actuais acionistas angolanos, 2% a colaboradores e membros dos órgãos sociais e 8% ao publico em geral.
Francisco Rosado dos Santos acredita que este preço é adequado para o dinamismo do mercado: “Tentámos encontrar um preço — e comparando com a outra acção que está cotada — que permitisse a um angolano pertencente ao público em geral e que quisesse adquirir (acções) sem grande desconforto para as suas finanças pessoais”.
A venda das acções da Sonangol decorre do Programa de Privatizações dos Estado Angola (ProPRIV), no âmbito do qual foram já privatizadas 125 empresas e activos de um total de 178 previstos, adiantou Ednilson Sousa, representante do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE) na mesma sessão.