POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, avançou ontem, 5, que as tarifas de eletricidade poderão ser atualizadas com objectivo de tornar o sector atrativo para o investimento privado.
O governante que falava à margem de uma conferência internacional sobre energias renováveis , avançou que é preciso que as tarifas reflitam cada vez mais os custos, mas também é preciso que os custos actuais reduzam, nomeadamente os custos de utilização de combustível para produção de energia.
João Baptista Borges, disse ainda que com a eletrificação em curso em Angola, para alcançar o objectivo de atingir 50% da população em 2025, estão a ser desenvolvidos projectos que actualmente permitem ao país ter um superavit de produção que será escoada à medida que o sistema elétrico se alargar às províncias com menor acesso.
O governante revelou que os investimentos públicos que estão a ser feitos visam diminuir os custos, em paralelo com o programa de actualização dos preços para que os produtores privados tenham interesse em participar neste mercado.
“A metodologia foi aprovada, agora vai haver um processo de transformação da entidade reguladora numa entidade administrativa independente da tutela e que vai ver as suas competências reforçadas, sendo uma das principais a fixação de preços, portanto prevemos que nos próximos meses haja novidades nessa matéria”
Actualmente apenas 42,8% dos angolanos têm acesso à eletricidade, sendo a hídrica, com cerca de 3.000 megawatts de capacidade instalada, a principal fonte de energia renovável.
O Governo angolano tem em curso um plano que prevê a incorporação de outras fontes como a solar, eólica e biomassa, estando a instalação de parques solares em fase avançada, prevendo-se que esteja concluída este ano a instalação de 350 megawatts (MW) de energia solar: 280 MW em dois parques em Benguela e os restantes noutras cinco localidades do país.
Há também projetos já aprovados que preveem a instalação de mais um gigawatt de capacidade, dos quais 500 MW serão parques solares fotovoltaicos ligados à rede e os restantes sistemas de mini-redes que atenderão povoações mais isoladas na parte sul e leste do país.