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O Governo angolano lançou hoje a primeira pedra para a construção de uma fábrica de fertilizantes que deverá entrar em funcionamento em 2026 e vai custar 1,9 milhões de dólares.
A fábrica vai promover o crescimento da indústria petroquímica e do agronegócio, bem como o desenvolvimento industrial do município do Soyo, proporcionando mais postos de trabalho diretos e indiretos.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da comissão executiva da SonaGás, Manuel Barros, referiu que a fábrica terá a capacidade diária de produção de 3.500 toneladas diárias, perfazendo o total anual de 1,2 milhões de toneladas.
Manuel Barros salientou que a obra deverá estar concluída dentro de 44 meses, isto é, no primeiro trimestre de 2026, criando um total de 1.500 postos de trabalhos diretos e indiretos.
O responsável considerou a fábrica estratégica, justificando que vai permitir a monetização do gás, maximizar um recurso do país em benefício da indústria e fomentar o desenvolvimento da agricultura.
O presidente da comissão executiva da SonaGás apontou ainda como ganhos o desenvolvimento da indústria petroquímica e a poupança de receitas externas que o país gasta para a aquisição de fertilizantes.
“Vamos ter autossuficiência, vamos poder disponibilizar para o mercado aquilo que é hoje o consumo, cerca de 400 mil toneladas por ano. Aquilo que é hoje utilizado – não sei quais são as fontes e os custos associados – serão cobertos por produção nacional em kwanzas, isto é um ganho de extrema importância e de realce”
A ureia a ser produzida é um fertilizante mineral que se apresentará na forma de grânulos brancos com 46% de nitrogénio, fórmula que confere o estatuto de fertilizante mais utilizado na agricultura mundial, por favorecer o crescimento vigoroso das culturas, permitindo colheitas em ciclos mais curtos, refere um comunicado distribuído à imprensa.