POC NOTÍCIAS: Jorge Salvador | geral@pocnoticias.ao | Foto: Cedidas
A pequena estilista, como é mais conhecida, encheu a sala multiusos da Mediateca de Malanje, que acolheu o desfile de estreia no mundo da moda.
Elisa Quingila é um nome que veio para ficar no mundo da moda. A estilista estreou-se no mercado com peças da sua colecção, no passado dia 12 de Junho, no auditório Rei Ngola Kiluange da Mediateca de Malanje. O tema do desfile foi “Aniversário”.
A sala registou lotação esgotada. A estilista revelou-se criativa, versátil e irreverente nas suas criações. Em exclusivo ao POC Notícias, começou por esclarecer o tema do desfile. “ O tema do desfile é aniversário porque mostramos aos aniversariantes dos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro que já não precisam esquentar a cabeça quando precisarem de peças exclusivas, principalmente para as sessões fotográficas”, explica.
Elisa Quingila conta que entrou no mundo da moda por acaso. Não é algo que fazia parte dos sonhos, mas aos 12 anos já costurava roupas para os irmãos menores. Ao ver o empenho e a qualidade das peças que desenhava e costurava, o pai dicidiu matriculá-la num curso básico de corte e costura. Com esta formação, adquiriu novas técnicas e, com a ajuda dos pais, adquiriu uma máquina que permitia realizar cortes com maior precisão, o que ajudou a criar as suas próprias tendências. Actualmente trabalha com tecidos de corte, pano e cetim.
A estilista é natural de Luanda, mas mudou-se muito cedo para Malanje com os pais, onde, aos poucos, vai conquistando o seu espaço no mundo da moda. Conta que se inspira na estilista Nadir Tati, que é uma referência da moda angolana, quiçá africana. Elisa Quingila sonha primeiro conquistar a simpantia dos que primam pela boa apresentação. No futuro, gostaria de ingressar numa das melhores escolas de moda. Diz que não quer ser apenas uma estilista para desfiles. Quer poder desenhar, montar uma fábrica e vestir as pessoas para as ocasiões especiais mas, sobretudo, para o dia-a-dia. “ As ocasiões especiais temos uma vez por semana ou por mês, mas todos os dias precisamos de uma peça de roupa para vestir, nem que seja para ficar mesmo em casa. Quero desenhar e produzir este tipo de roupas”, concluiu.
Peças da colecção