POC NOTÍCIAS: Pedro José Mbinza | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
“A Comissão Nacional Eleitoral e governo devem abrir-se a sociedade e aos concorrentes sobre o processo eleitoral”
O Director do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia, Luís Jimbo, defende que as organizações não governamentais da sociedade civil também devem receber verbas por parte do governo, tal como os partidos políticos, para desenvolverem iniciativas de educação cívica, no quadro do processo eleitoral.
O responsável afirmou desconhecer partidos políticos que tenham justificado onde são investidos o dinheiro que recebem. Deste modo, segundo Luís Jimbo, a sociedade civil deve exigir uma certa qualidade dos trabalhos dos mesmos. A Comissão Nacional Eleitoral e governo devem abrir-se a sociedade e aos concorrentes sobre o processo eleitoral.
“Este é um cancro do processo eleitoral. É preciso olhar isto com muita seriedade, mas há dois factores que concorrem para este facto. Uma delas tem a ver com os números. Sabe que a abstenção eleitoral é comparar o número de eleitores registados com o número de votantes . Ora, se temos uma base de dados de número de eleitores registados que não é coerente, não depura os mortos dos incapazes, vai acontecer que, ao comparar com o número de votantes, vamos ter a ideia de uma abstenção muito elevada, que é fictícia. Então, o Ministério da Administração do Território tem um desafio de trabalhar na depuração dos dados dos 14 milhões, o número tem que estar muito próximo às pessoas reais, às pessoas existentes, que, exatamente, depois serão chamadas a votar”, entende.
E o Coordenador do Observatório Político e Social de Angola, Sérgio Calundulo, argumenta que as eleições são um meio para consolidar a democracia, paz e o desenvolvimento do país. Há mais Angola, pare além das eleições e, por isso, deve-se investir mais na credibilidade do processo.
Esta semana chegou a luz verde do Palácio Presidencial, o Presidente João Lourenço convocou os membros do Conselho da República para a quarta reunião ordinária do órgão a realizar-se na próxima sexta-feira, 3 de junho, para a consulta sobre a data oficial da realização das eleições gerais.