Consultora Oxford Economics Africa alertou nesta Terça-feira (25), para a necessidade de Angola controlar a despesa em ano eleitoral.
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POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Os analistas da consultora Oxford Economics Africa consideram que Angola poderá beneficiar de mais melhorias na avaliação do crédito soberano pelas agências de ‘rating’ e alertam para a necessidade de os angolanos controlarem a despesa em ano eleitoral.
Segundo os analistas da consultora, “um risco relativo a esta nossa previsão de melhores métricas orçamentais a curto prazo é se o crescente descontentamento com o actual Governo e a conclusão do programa com o Fundo Monetário Internacional levarem a uma despesa pública excessiva nas vésperas das eleições deste ano”, alertam os analistas da Oxford Economics Africa.
Por outro lado, apontam os analistas que “desde que os preços do petróleo permaneçam estáveis e o governo continue com uma despesa orçamental prudente, antecipamos que Angola pode ter mais subidas no ‘rating’ nos próximos 12 a 18 meses dadas as nossas previsões de uma subida da produção de petróleo e aumento do crescimento económico neste período”.
As receitas do petróleo subiram significativamente desde o início de 2021, “melhorando dramaticamente a posição orçamental de Angola”, lembram os analistas, vincando que apesar da queda na produção, a subida dos preços levou a que a receita subisse mais de 60% no ano passado, fazendo o saldo orçamental passar de um défice de 1,7% em 2020 para um excedente de 2,9% no ano passado.
“Para além da recuperação nas receitas petrolíferas, as três maiores agências de ‘rating’ também ficaram impressionadas com os fortes esforços de consolidação orçamental e com a liberalização da moeda ao abrigo do programa com o FMI, que terminou no ano passado”, concluem os analistas.
Recorde-se que a agência de notação financeira Fitch Ratings melhorou na sexta-feira o ‘rating’ de Angola para B-, com uma perspectiva de evolução estável, antevendo um expansão económica de 2,1% para este ano, depois de crescer 0,1% em 2021.