Através da iniciativa Saving Lives and Livelihoods, a Fundação Mastercard está a adquirir vacinas para mais de 65 milhões de pessoas em África, sendo que actualmente mais de 15 milhões de vacinas já estão a ser distribuidas por todo continente africano.
POC Notícias: Ana Atalmira
Foto: D.R
A Fundação Mastercard e o CDC africano anunciaram em conjunto que as 15,2 milhões de vacinas adquiridas ao abrigo da iniciativa Saving Lives and Livelihoods estão actualmente a ser distribuídas por toda a África.
Segundo um comunicado que o POC Notícias teve acesso, através da iniciativa Saving Lives and Livelihoods, a Fundação Mastercard está a adquirir vacinas para mais de 65 milhões de pessoas. “Esta é a primeira tranche de vacinas a ser entregue ao abrigo da iniciativa. A distribuição das vacinas será feita pela UNICEF”, lê-se no comunicado.
Lançada em junho de 2021, a iniciativa Saving Lives and Livelihoods é agora uma parceria de 1,5 mil milhões de dólares americanos que pretende viabilizar a vacinação para milhões de pessoas, desenvolver uma força de trabalho para o fabrico de vacinas e reforçar a capacidade do CDC africano de supervisionar uma campanha de vacinação histórica e de responder eficazmente a futuros surtos.
“A entrega atempada destas vacinas sublinha a eficácia do African Vaccine Acquisition Trust (AVAT). Ao colaborar com o CDC africano e várias organizações, a Fundação Mastercard irá apoiar a distribuição das vacinas a milhões de pessoas em todo o continente. Contudo, ainda há muito a fazer para aumentar rapidamente as taxas de vacinação. Apelamos aos governos, financiadores, sociedade civil e outras entidades para que se mobilizem no sentido de salvar vidas e criar meios de subsistência em África”, afirmou Reeta Roy, Presidente e CEO da Fundação Mastercard.
Por outro lado, John Nkengasong, Director do CDC africano, disse que “Estamos a ganhar um novo ímpeto no esforço continental de vacinação. Em Setembro, a primeira tranche de vacinas adquiridas pelo AVAT começou a ser distribuída em 39 países. Agora, estamos a anunciar a entrega das vacinas adquiridas por meio da iniciativa Saving Lives and Livelihoods. E estamos a trabalhar arduamente no terreno para administrar as vacinas, o que constitui a melhor forma de medir o sucesso”, afirmou.
“As vacinas adquiridas ao abrigo da iniciativa Saving Lives and Livelihoods tiram partido de um acordo histórico negociado pelo African Vaccine Acquisition Trust no início deste ano para a compra de 400 milhões de vacinas Johnson & Johnson, bem como de um acordo mais recente para a compra de 50 milhões de vacinas Moderna”
O comunicado que o POC Notícias teve acesso, avança também que a Fundação Mastercard irá financiar a compra de 57 milhões de vacinas Johnson & Johnson e irá comprar aproximadamente 17 milhões de vacinas Moderna.
“Através do AVAT, garantimos vacinas suficientes para inocular 450 milhões de pessoas até Setembro de 2022. Neste sentido, África cumpriu a sua parte do acordo. Até ao momento, a Fundação Mastercard foi a única fundação que intensificou os esforços para apoiar o continente Africano nesta tarefa. A Fundação Mastercard está a financiar todo o carregamento de novembro do AVAT — e nós estamos gratos pelo seu apoio. Esperamos ver outras fundações e empresas a apoiar a entrega local e nacional de vacinas”, afirmou Strive Masiyiwa, Enviado Especial da União Africana.
“Este é um esforço colaborativo impressionante do AVAT, no qual o Afreximbank tem orgulho de ter participado. O acordo para o fornecimento e distribuição das vacinas foi estabelecido com base numa garantia de 2 mil milhões de dólares americanos emitida pelo Afreximbank aos fabricantes de vacinas, com o apoio dos parceiros. Através destes esforços combinados, a reabertura do comércio no continente será acelerada”, afirmou o Professor Benedict Oramah, Presidente do Afreximbank.
“As vacinas do AVAT, parcialmente fabricadas na África do Sul, são o verdadeiro testemunho de que a produção local e a aquisição conjunta, como previsto na Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), são essenciais para conseguir uma recuperação económica pós-COVID mais sustentável em todo o continente”, afirmou a Vera Songwe, Subsecretária-Geral e Secretária Executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA).