A Sonangol, segundo maior produtor de petróleo de África, considerou 2020 um “ano anormal” devido à pandemia de Covid-19, principal causador de prejuízos de 3 mil milhões de dólares em 2020.
O prejuízo da petrolífera já é considerado como a maior perda em pelo menos 10 anos, e se compara a uma receita líquida de 125 milhões de USD em 2019. No relatório divulgado no seu site, a petrolífera refere que a “redução foi drástica na receita das vendas de petróleo bruto”.
Por outro lado, o documento destaca também que a conclusão do Programa de Reestruturação em 2020 com a adoção de um novo modelo organizacional e de governo e o saneamento financeiro, permitiu uma poupança de 1.441 milhões de dólares, contribuindo para uma redução das importações de combustíveis em 66%, custos de estrutura em 14%, custos da atividade mineira em 12% e custos com o pessoal em 9%.
Recorde-se que Angola depende do petróleo para mais de 90% das suas exportações, e até aqui tem lutado para se recuperar da queda dos preços de 2014-2016, que afetaram drasticamente à economia nacional.
Queda Angolana
Diminuição do investimento atingiu fortemente a produção de petróleo em Angola
Apesar dos inúmeros constrangimentos no sector petrolífero, Angola pretende manter a produção acima de 1,1 milhão de barris por dia nos próximos anos, segundo o secretário de Estado do Petróleo, José Barroso.
A Sonangol está a vender participações em dezenas de empresas no âmbito de um processo de reestruturação que deverá culminar com uma oferta pública inicial de acções até 2027.
POC Notícias: Domingos Barros