ANPG e a Eni comunicam o início da produção do Campo de Cuica, no Bloco 15/06, localizado em águas profundas angolanas, através do navio flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO) Armada Olombendo.
O arranque da produção do Campo de Cuica teve início no final de Julho de 2021, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, e a Eni.
Recorde-se que o Campo Cuica foi descoberto no poço de exploração Cuica 1 em Março de 2021, tem a Eni como empresa operadora e está localizado numa profundidade de água de 500 metros, a cerca de 3 km do FPSO Olombendo. A produção precoce do desenvolvimento, que vai aumentar e sustentar o planalto de produção do FPSO Olombendo, inclui um poço produtor de petróleo e um poço de injecção de água, ligados ao sistema de produção submarina existente em Cabaça Norte, explorando todo o potencial das infra-estruturas disponíveis na área.
O FPSO Armada Olombendo tem uma capacidade de produção de 100.000 barris de petróleo por dia e está concebido para funcionar durante a sua vida produtiva com descarga zero. Além de Cuica, cuja taxa de produção está de acordo com as expectativas, o Olombendo está também a receber e a tratar a produção dos campos de Cabaça, Cabaça Sudeste e UM8 para um total de 12 poços e cinco colectores a uma profundidade de água que varia entre 400 e 500 metros. O FPSO Olombendo receberá também a produção do campo Cabaça Norte no 4º trimestre de 2021.
O Bloco 15/06 é operado pela Eni Angola com uma quota de 36,84%. A Sonangol Pesquisa & Produção (36,84%) e a SSI Fifteen Limited (26,32%) compõem o restante Grupo Empreiteiro.
Para a Administração da ANPG, que recentemente anunciou a assinatura do contrato de partilha de produção do Bloco 29, este é mais um marco relevante na trajectória do sector petrolífero angolano, sobretudo num período em que o foco principal passa por travar o declínio da produção que se vinha fazendo sentir.
“Com a entrada em produção do campo Cuica demonstramos mais uma vez ao mercado que quer a concessionária nacional quer os operadores continuam a trabalhar afincadamente na dinamização dos recursos petrolíferos nacionais. E com o trabalho conjunto que vimos desenvolvendo, atingiremos certamente os objectivos traçados pelo Executivo”, sublinha Paulino Jerónimo, Presidente da ANPG.
Por outro lado, Claudio Descalzi, CEO da Eni, enfatiza também a importância do projecto para Angola: “O arranque da produção no Campo Cuica, apenas quatro meses após a sua descoberta, é mais um exemplo do extraordinário sucesso da exploração angolana e mundial da Eni, que, impulsionada pelo princípio da exploração de infra-estruturas led (ILX), combinado com a aplicação de uma filosofia de desenvolvimento modular e racionalizada, está a permitir à Eni traduzir os sucessos da exploração em produção de forma mais eficiente e eficaz”.
POC Notícias