O Presidente da República destacou esta quarta-feira, no seu discurso sobre o Estado da Nação, os avanços significativos registados no sector bancário e financeiro angolano, sublinhando o seu papel determinante na consolidação da estabilidade macroeconómica do país.
Segundo o presidente da República, “desde a reforma cambial de 1999 e a adopção do regime cambial flutuante em 2020, o sistema financeiro nacional tem vindo a fortalecer-se, assegurando níveis adequados de reservas internacionais e garantindo a solvabilidade externa da economia. A taxa de inflação, que nos anos 90 atingia níveis de cerca de 900%, recuou para 18,8%, traduzindo uma melhoria substancial do ambiente económico”.
“A estratégia de modernização do sector bancário permitiu, igualmente, alargar o acesso da população aos serviços financeiros. A taxa de bancarização passou de 6% em 1975 para 21% em 2021, atingindo 32% em 2024. Já o Índice de Inclusão Financeira situa-se actualmente em 49% da população, com previsão de alcançar os 65% até 2027”, disse o Presidente.
O Chefe de Estado destacou ainda a importância das reformas estruturais implementadas no sector não bancário, nomeadamente a criação e operacionalização do mercado de capitais, com a instalação da Comissão do Mercado de Capitais e da Bolsa de Dívida e Valores de Angola.
Segundo o PR, O reforço da rede bancária, aliado à expansão de meios electrónicos de pagamento e à digitalização dos serviços, está a transformar a forma como os cidadãos e empresas interagem com o sistema financeiro, aproximando o país de padrões internacionais de eficiência e confiança.
“Uma inflação mais baixa e estável é premissa fundamental para a estabilidade macroeconómica e social”, afirmou o Presidente, frisando que a consolidação da estabilidade financeira continuará a ser uma prioridade estratégica do Executivo.