O Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica e primeiro pontífice latino-americano da História, faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, na sua residência oficial na Cidade do Vaticano. A informação foi confirmada pelo Departamento de Saúde e Higiene do Estado do Vaticano, que apontou como causas da morte um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um quadro irreversível de insuficiência cardíaca.
De acordo com o boletim médico divulgado, o Papa sofreu um AVC que o levou ao coma, vindo a registar um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35 (horário de Roma). A certidão de óbito foi assinada pelo Dr. Andrea Arcangeli, director do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano.
O documento médico acrescenta que o quadro clínico do Sumo Pontífice foi agravado por outras condições pré-existentes, como pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. A confirmação do óbito foi feita através de um exame de electrocardiograma.
Francisco esteve internado por mais de um mês, entre Fevereiro e Março, para tratar uma pneumonia grave. Após receber alta, encontrava-se em tratamento domiciliário, sob cuidados constantes devido ao estado delicado da sua saúde.
Nascido Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco foi eleito ao trono de São Pedro em 2013, sucedendo Bento XVI. O seu papado destacou-se pela promoção da tolerância, do diálogo inter-religioso, do cuidado com os pobres e da defesa do meio ambiente. Deixa um legado marcante na história da Igreja e um apelo constante à misericórdia, à simplicidade e à inclusão.
O Vaticano ainda não divulgou informações oficiais sobre os rituais fúnebres e o processo de sucessão.