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Luanda – Face à actual situação económica em Angola, onde a moeda do país se encontra a desvalorizar de forma acentuada, investir em arte tem-se tornado uma das opções mais viáveis para quem procura um activo financeiro alternativo, considera João Boavida, fundador e CEO da Afrikanizm Art, a primeira start-up angolana, de impacto social, dedicada à promoção e à venda online de arte contemporânea africana.
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“De há algum tempo para cá, a arte contemporânea africana tem vindo a ganhar uma atenção significativa no mercado global da arte. Para além da sua importância cultural, tem provado ser um investimento lucrativo”, revela João Boavida.
Nos últimos anos, os preços das obras de artistas africanos subiram de forma acentuada, com algumas peças a serem vendidas por milhões de dólares em leilão. Em 2022, registou-se um número recorde de obras de artistas africanos vendidas em leilão (mais de 2700), quase o dobro do número de obras vendidas antes da pandemia de Covid-19, gerando 63 milhões de dólares em leilão, ao contrário do recorde anterior de cerca de 47 milhões de dólares em 2021.
De acordo com relatórios recentes, o mercado da arte tem registado uma taxa de crescimento constante de 14% ao ano desde 1995 até 2021. A previsão é que este crescimento permaneça durante 2023, tornando o mercado da arte uma “oportunidade de investimento promissora para quem procura diversificar a sua carteira”.
“Este crescimento pode ser atribuído a uma série de factores, incluindo o aumento do interesse de coleccionadores e investidores, bem como a ascensão de artistas africanos na cena internacional”, menciona João Boavida, salientando que “uma empresa que está a capitalizar esta tendência é a Afrikanizm Art”.
Com uma equipa de profissionais da área, a Afrikanizm oferece serviços de consultoria e curadoria personalizados a clientes que procuram investir em arte africana, incluindo desde a identificação de artistas promissores até questões de logística internacional e certificação.
A arte contemporânea africana é um campo diversificado e dinâmico, que abrange uma vasta gama de meios e estilos. Desde a pintura e a escultura à fotografia e à arte performativa, o continente está a produzir algumas das obras mais excitantes e inovadoras do mercado global de arte.
Um dos principais factores de interesse na arte africana contemporânea é o seu significado cultural. Os artistas africanos estão a explorar questões de identidade, história e justiça social no seu trabalho, ao fazerem declarações poderosas sobre o passado, o presente e o futuro do continente.
“Investir em arte africana contemporânea pode ser uma jogada financeira sensata para quem procura diversificar os seus activos. Com a experiência de empresas como a Afrikanizm e o crescente interesse pela arte africana no palco global, este é o momento oportuno para explorar este mercado excitante e dinâmico”, conclui João Boavida.
Fundada em Agosto de 2021, a Afrikanizm Art é a primeira start-up angolana, de impacto social, dedicada à promoção e à venda online de arte contemporânea africana, comprometida em garantir: a sustentabilidade financeira de artistas; a profissionalização e a atribuição aos artistas de ferramentas necessárias para a exportação das suas obras; a construção de uma cadeia de valor para a valorização dos artistas e do segmento da arte contemporânea africana no mercado global.
Hoje, em parceria com a Face Studio, empresa dedicada à transmissão e produção de media, pretende realizar, durante o ano de 2023, um total de quatro exposições, com vista a promover em Angola, as obras dos artistas e o projecto Afrikanizm Art.