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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou o apoio contínuo do seu país ao Banco Africano de Desenvolvimento durante uma reunião na sede do Banco, em Abidjan. Portugal é membro não regional do Banco desde 1983.
Cravinho reuniu-se com a Vice-Presidente Sénior do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Swazi Tshabalala, e com membros dos departamentos financeiro e de mobilização de recursos na terça-feira, 4 de Julho. As partes discutiram o seu relacionamento mútuo e o acordo do Compacto Lusófono, assinado entre o Banco Africano de Desenvolvimento, o governo de Portugal e seis países africanos de língua portuguesa – Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – em novembro de 2018.
O ministro também manifestou interesse no aumento da utilização do português como língua no Banco. O Banco tem como membros cinco países africanos de língua portuguesa e o português é cada vez mais uma língua de negócios, disse.
Cravinho disse que Portugal, que tem considerado o continente africano como extremamente importante para a sua agenda de política externa, estava muito interessado na avaliação que o Banco faz do Compacto Lusófono até agora, e acrescentou que o Compacto, desenvolvido para criar um novo mecanismo que beneficie todos os países, pode ter um alcance ainda maior.
“A nossa sensação é que é insuficientemente conhecido e provavelmente insuficientemente utilizado”, disse Cravinho, acrescentando que Portugal está pronto para ajudar os países a maximizar os benefícios do acordo.
O ministro disse que Portugal também está interessado em alargar os seus laços com países não lusófonos, como o Senegal, a África do Sul e a Costa do Marfim, e possivelmente estender o Compacto Lusófono a esses países e a outros.