POC NOTÍCIAS | Ana Atalmira | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
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O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Governo do Chade assinam recentemente um acordo de subvenção de 650 mil dólares para fornecer serviços digitais financeiros e não financeiros inovadores a mulheres e jovens.
O financiamento irá promover o Projecto de Apoio ao Desenvolvimento de Microfinanças para o Empreendedorismo Feminino e Juvenil, que visa reforçar o envolvimento económico das mulheres e o empreendedorismo juvenil nas zonas rurais do Chade.
Informações disponiveis no website do BAD referem que o projecto tem três componentes, melhorar a oferta de serviços de microfinanciamento e desenvolver o financiamento digital; aumentar a procura de serviços financeiros; e reforçar o ecossistema empresarial nas zonas rurais do Chade.
Ali Lamine Zeine, representante do Banco Africano de Desenvolvimento no Chade, afirmou que “No Banco Africano de Desenvolvimento, reconhecemos que temos um papel importante a desempenhar no apoio a tecnologias inovadoras que podem aumentar o acesso e a utilização de soluções financeiras digitais e estimular o empreendedorismo, particularmente entre os grupos excluídos e carenciados.”
“Esta iniciativa contribui para o cumprimento das nossas cinco prioridades estratégicas, os ‘High 5’, procurando construir um sector de microfinanças robusto e sustentável no Chade, com o potencial de superar as barreiras para encontrar soluções financeiras digitais inclusivas, acelerando a resiliência económica, reduzindo a pobreza e estimulando o crescimento”
No Chade, os serviços bancários são largamente inacessíveis fora das zonas urbanas, sendo que apenas 7% dos chadianos têm acesso a serviços financeiros e, por isso, recorrem ao sistema informal.
Actualmente o Chade tem cerca de 115 instituições de microfinanças registadas, mas o país continua a enfrentar enormes dificuldades em satisfazer as necessidades dos grupos marginalizados, em particular das pequenas empresas, devido à falta de infraestruturas, capacidade e soluções tecnológicas fiáveis.
“Garantir que os grupos vulneráveis tenham acesso adequado a serviços financeiros e não financeiros é fundamental para colmatar a lacuna de género e criar oportunidades económicas para grupos financeiramente excluídos, especialmente para mulheres e jovens que suportam o peso de tais disparidades”, disse Sheila Okiro, Coordenadora do Mecanismo de Inclusão Financeira Digital em África (ADFI) do Banco Africano de Desenvolvimento.