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Luanda – Testemunhar o papel e o trabalho da Angonabeiro na revitalização da fileira do café de Angola, e em simultâneo homenagear o legado deixado pelo comendador Rui Nabeiro, foi o propósito da visita que levou hoje, 3 de Abril, o ministro das Finanças português, Fernando Medina.
Durante a visita à Angonabeiro, no ano em que a empresa celebra o 25.º aniversário, o ministro português destacou a obra deixada por Rui Nabeiro em mais de 40 países, especialmente em Angola, onde reactivou e revitalizou a fileira do café e criou a marca Ginga.
“Rui Nabeiro deixa um legado muito grande a nível económico e deixa também uma nova geração à frente da empresa, com exemplo daquilo que ele foi enquanto empresário e enquanto homem que marcou a vida de milhares de pessoas por todo o País e fora de portas, como aqui vemos”, afirmou o ministro de Portugal aos jornalistas no final da visita.
Fernando Medina, Francisco Alegre Duarte e a restante comitiva foram recebidos pelo director financeiro da Angonabeiro, Carlos Gomes, e pelo director industrial, Jorge Ribeiro, tendo percorrido a fábrica e o armazém de distribuição da empresa, onde constataram o programa de apoio à cafeicultura e ao crescimento da fileira do café em Angola, como o aumento da capacidade instalada de produção e o apoio a mais de 20 mil famílias que, de forma indirecta, têm na produção e comercialização do café a sua única fonte de rendimento.
“É muito bom ver esta fábrica, o trabalho que aqui tem sido feito, os projectos que têm para o futuro, os novos lançamentos que estão em marcha, e também ver que se replica aqui um pouco da relação e cultura que Rui Nabeiro deixou para a empresa. No fundo, uma preocupação com os produtores locais, uma preocupação em servir as comunidades com quem a empresa se relaciona e, por isso, é um bom início de visita a Angola”, realçou ainda Fernando Medina.
Mercado angolano é dos mais importantes
O mercado angolano é um dos mais importantes para o Grupo Nabeiro, que tem concretizado investimentos constantes no País para aproveitar o sabor rico do café angolano. Prova disso é o facto de Angola ser o único País, à excepção de Portugal, onde o Grupo tem fábrica, contando já com mais de uma centena de colaboradores em território angolano.
A empresa garante o abastecimento contínuo de todas as províncias a partir das instalações de Luanda, onde tem um armazém com 4 mil metros quadrados e a fábrica do Café Ginga, na qual são produzidas, anualmente, mais de 400 toneladas de café torrado.
Anualmente, a Angonabeiro compra cerca de mil e duzentas toneladas de café, em Angola, destinadas à exportação de café verde e à produção de café da marca Ginga para o mercado angolano.
Um dos focos da empresa é a exportação de café verde para a sede do Grupo em Portugal, onde é torrado e enviado para os mais de 40 países onde a Delta está presente, e a exportação do produto acabado Ginga, produzido apenas na fábrica de Luanda.
“A Angonabeiro é uma empresa com vocação exportadora, que acredita no potencial de exportação do café angolano, uma actividade proveitosa ao nível da diversificação da economia. É, por isso, que o nosso grande objectivo continua a ser o crescimento da fileira do café, em Angola”
A aposta no relançamento da produção de café nacional e no reforço do plano de exportação está em linha com a política de redução de importações e aumento de exportação, com o objectivo de diversificar a economia e potenciar a recolha de divisas para o País, fomentada pelo executivo.
“Na Angonabeiro temos sempre presente o compromisso com o café de Angola. Pretendemos continuar a desenvolver toda a fileira do café, desde o cultivo no campo até à sua transformação e comercialização, para que o café angolano volte a ganhar o prestígio de outrora, tanto no mercado interno, como internacionalmente, onde a sua qualidade é já reconhecida”, disse o director financeiro da Angonabeiro, Carlos Gomes.