POC NOTÍCIAS | ANA ATALMIRA | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Luanda – Se na Europa o ESG é um desafio de transição económica e energética em Angola é um desafio de reconversão do modelo económico, segundo Nuno Cordeiro, FS Risk & Regulation Advisory e ESG Risck Solutions da PWC.
“O peso nas emissões de CO2 de 0.21%, o consumo energético com origem hídrica ou renovável de 66% e a capacidade própria de produção energética de 100% são indicadores que mostram que não está em causa uma transição, mas uma necessidade de reconversão do modelo económico em Angola”, defendeu Nuno Cordeiro, durante a I edição do ‘Angola Banking Conference – A banca e os desafios ESG, relizada hoje, 16 de Março, em Luanda, co-promovida pela revista Economia & Mercado e a PwC.
Nuno Cordeiro manifestou também que a ESG é para Angola e para o seu sector bancário, uma estratégia de investimento e financiamento das actividades mais relevantes e a necessidade de gerir um novo risco.
O especialista acrescentou ainda que Angola deve olhar com especial atenção ao que é prioridade e destacou que os Transportes, Electricidade e Água, Telecomunicações e Saúde são as principais prioridades neste processo.
Para Nuno Cardoso, Angola tem como desafios “lacunas na actual infraestrutura e nas respectivas operações, custos da conectividade do transporte transatlântico (mais caro do que concorrentes), alargamento da taxa de penetração do uso do telemóvel, cobertura de banda larga móvel e fixa, concentração do mercado e preços relativamente elevados, baixa cobertura dos seguros de saúde, oferta privada limitada e não controlada (qualidade não supervisionada) e o melhoramento de distribuição dos recursos hídricos”.
O vice CEO do BNI, Sandro Africano, considera a ESG um desafio importante, mas defende que se leve em consideração o facto de grande parte da população angolana ser pobre, condição que deve ser alterada com a participação de todos agentes económico e o Governo.
Sandro Santos defende que a solução passa, entre outras, pela concepção de projectos que mudem efectivamente o modo de vida das pessoas e, para o caso da banca, em particular, que o regulador crie benéficos e redução da carga fiscal, de modo a flexibilizar os custos operacionais.
Em termos prático, o ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, é uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com o mercado em que actuam, os seus consumidores, fornecedores, colaboradores e os seus investidores.