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Luanda – Perto de 10 milhões de dólares norte-americanos é o valor que a Reserva Estratégica Alimentar (REA) deve aos produtores/empresários agrícolas da Associação Agro-pecuária de Angola (AAPA), que forneceram produtos alimentares a entidade tutelada pelo Ministério da Indústria e do Comércio.
Segundo o presidente da AAPA, Wanderley Ribeiro, trata-se de pelo menos dez associados que forneceram cerca de 40 mil toneladas de milho à REA, mas esta entidade pagou somente um terço do valor e há seis meses que não conclui o pagamento total.
Em exclusivo ao POC NOTÍCIAS, o responsável contou que o problema começou em Março de 2022, depois foi concertado, mas desde finais de Agosto passado que a Reserva não liquida a sua dívida e nem responde às solicitações da Associação.
Em consequência deste “imbróglio”, o responsável revelou que algumas empresas que, até ao momento, não foram pagas pelo REA têm dificuldades de pagar salários aos seus trabalhadores, assim como para dar continuidade das suas actividades.
“Perante este quadro, o sector empresarial é colocado numa situação inglória, por ser o segmento que precisa de financiar-se para cumprir com as suas obrigações, como importação de equipamentos, insumos, pagamento de impostos e taxas, pagamento de salários, entre outros encargos associados à actividade agrícola”, sublinhou.
A AAPA representa cerca de 80% das empresas que produzem entre 1000 a 1500 hectares, que são os maiores produtores em termos de área no país.
De âmbito nacional, esta agremiação abrange pessoas singulares, cooperativas, entre outras organizações.
Enquanto isso, a Reserva Estratégica Alimentar (REA) é a entidade angolana que garante a existência de um stock para a intervenção necessária do Governo no mercado em situação de calamidade, crise generalizada ou fecho dos canais internacionais de importação.
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